indios
• Descrições:
Os Javaé são um dos três subgrupos em que se dividem os índios Karajá. Os outros dois são os Karajá propriamente ditos e os Xambioá. A palavra Javaé, provavelmente de origem tupi-guarani, não pertence à língua que eles falam. Inÿ, a autodenominação geral dos três subgrupos, quer dizer "gente", "ser humano", mas os Javaé e os Karajá também autodenominam-se Itya Mahãdu, "o Povo do
Meio".
• Linguagem:
• Os três subgrupos são culturalmente semelhantes, embora haja algumas diferenças, e falam a língua Karajá, com algumas variações dialetais, pertencente ao tronco linguístico MacroJê. Ela é bem diferente de qualquer outra língua do mesmo tronco. A língua nativa ainda é o principal meio de comunicação entre os Javaé. Uma característica notável entre os Karajá como um todo é a diferenciação entre a fala das mulheres e crianças e a fala dos homens, feita através de alguns fonemas e expressões específicas para cada gênero, que é mais acentuada entre os Karajá propriamente ditos e expressa a forte divisão entre os papéis masculino e feminino.
No que se refere à relação com a sociedade envolvente, todos os Javaé falam e entendem um mínimo de português.
• Localização:
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Desde tempos imemoriais, os Karajá como um todo habitam o vale do rio
Araguaia, até pouco tempo atrás considerado um dos rios mais piscosos do mundo. É o principal afluente do rio Tocantins e nasce na serra dos
Caiapós, situada na divisa entre Goiás e Mato Grosso do Sul. Com seus
2.000 km de extensão, o Araguaia forma em seu médio curso a maior ilha fluvial do mundo, a de Bananal, no estado do Tocantins, junto à fronteira de Mato Grosso.
Dona de uma biodiversidade única, a ilha é repleta de lagos e rios, tem cerca de 2.000.000 de hectares e é considerada pelos Karajá e Javaé como o lugar mítico de onde surgiram. Pode-se dizer que o rio Araguaia ocupa uma zona de transição entre as áreas de cerrado do planalto Central e a floresta Amazônica, representada pelas matas de grande