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2 FORENSE COMPUTACIONAL: PERÍCIA, PERITOS E CRIMES VIRTUAIS

2.1 Da Perícia

A Perícia Forense Computacional trata-se de um campo relativamente novo no mundo e, no Brasil, há ainda poucos estudos sobre o assunto, o que possibilita um número considerável de pesquisas por parte dos interessados. De acordo com Farmer e Venema (2007), define-se a computação forense como "a coleta e análise dos dados da maneira mais livre de distorções ou interferências a fim de reconstruir os dados ou o que aconteceu no passado em um sistema." Complementando o conceito de Perícia Forense Computacional, Guimarães et al. (2008 apud TOLENTINO et al., 2011), afirma que a mesma "foi criada com o objetivo de suprir as necessidades das instituições legais no que se refere à manipulação das novas formas de evidências eletrônicas." O mesmo autor ainda afirma que esta "é a ciência que estuda a aquisição, preservação, recuperação e análise de dados que estão em formato eletrônico e armazenados em algum tipo de mídia computacional." Segundo Costa (2011), podemos definir "mídia computacional" como "todo e qualquer equipamento capaz de armazenar, processar e manipular dados e informações." Sendo assim, consideram-se os discos rígidos e os equipamentos ativos (como roteadores, switches, access points e firewalls), assim como as câmeras fotográficas, os tocadores de mídia, os telefones móveis e celulares, os PDAs, os cartões de memória e pendrives, os smartphones, entre tantos outros produtos tecnológicos.
Toda e qualquer mídia computacional é composta de hardware e software, e, de acordo com (Ib., 2011), a interação entre estes "é o objeto do trabalho pericial", daí a importância dos profissionais da perícia forense computacional compreenderem "como funciona a memória, disco rígido, mídias magnéticas e ópticas, softwares, protocolos de comunicação e tudo o mais que possa conter evidências da execução de um crime." Para Queiroz e Vargas (2010), o objeto da perícia