imprensa nanica- ditadura

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IMPRENSA NANICA Dia 24 deste agosto fez 56 anos que o então presidente Getúlio Vargas se matou com um tiro no peito. Gaúcho de São Borja, foi lá que o jornalista Samuel Wainer foi buscá-lo, depois que as elites (sim, a zelite, sempre e de novo!) o tinham apeado do poder em 1945, para ser o candidato vitorioso das eleições de 1950, chegar ao poder como o "pai dos pobres" e tentar concluir a sua obra iniciada na Revolução de 1930, prosseguida com o golpe de 1937, interrompida de novo em 1945, e retomada em 1951, quando o suicídio acabou, enfim, com o projeto, na manhã de 24 de agosto de 1954.
Pois em tempos da "mãe dos pobres" Dilma Rousseff, mineira mas de fortes vinculações com os gaúchos, é do Rio Grande do Sul que vem outra novidade: o jornal Tempo 21, publicado em Porto Alegre (RS), com tiragem de apenas cinco mil exemplares. É uma publicação valente, ousada e desconcertante. É um vulcão! E, tido por extinto com outros nomes, voltou a entrar em erupção.
Pontifica ali a autoridade intelectual do escritor e professor José Hildebrando Dacanal, de 64 anos, mestre em desarrumar a cabeça de todos, inconformado com o statu quo, qualquer que seja ele. Foi figura de destaque nas lutas que levaram à derrubada da ditadura militar, insurgiu-se contra o PT, que governou Porto Alegre e o Rio Grande do Sul em experiências pioneiras que serviram depois de modelo em outros municípios e estados governados pelo mesmo partido, e faz a delícia de quem aprecia um texto escrito com inteira liberdade.
Fortuna era uma deusa
É difícil encontrar em grandes e médios jornais a qualidade dos artigos desse glorioso exemplar da imprensa nanica, expressão criada pelo jornalista e escritor João Antônio na década de 1970 para designar publicações como O Pasquim, Extra, Verve etc., que faziam as delícias de quem procurasse textos e autores sem rabos presos.
Se fosse editado no Rio de Janeiro ou em São Paulo, Tempo 21 certamente explodiria no Brasil, melhoraria a qualidade gráfica e

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