ImpeachmentDLI

461 palavras 2 páginas
Marcela Nogueira Reis

Impeachment: O Brasil só tem a ganhar Rio de Janeiro, 2015

O desfecho das eleições presidenciais de Outubro de 2014 pouco trouxe à sociedade brasileira senão um potentoso senso de indefinição, insatisfação e dissabor. O agravamento subsequente da conjuntura política nacional, evidenciado pelos cortes orçamentários expressivos, desvalorização da moeda e escândalos de corrupção aviltantes, então, têm insuflado os impulsos subversivos por parte da população que, insatisfeita, busca mudanças. Passou-se pois a considerarse a recorrência a um instrumento político há muito conhecido pelo povo brasileiro: o Impeachment.
Serão aqui ponderados três argumentos-chave, de ordem respectivamente política, moral e econômica, que apontam para uma conclusão inevitável: a destituição da Presidenta Dilma Rousseff traria, decididamente, um alívio político e ético para a nação, e a revitalização da economia e abriria caminhos para relocação de verbas e esforços públicos.
Primordialmente, no âmbito político, é notório que a “ingovernabilidade" que hoje constitui um entrave para a fluidez do sistema político nacional é fruto inconteste da ineptitude política da
Presidenta. Sua inabilidade na formação de alianças e parcerias mina a colaboratividade interna com suas propostas e planos de ação, criando dissidências dentro de seu próprio partido, enfraquecendo-o e a ela própria. A recente ascenção de Eduardo Cunha, do PMDB (partido altamente volúvel e aliado inconstante) ao cargo de presidente da câmara (em detrimento de um candidato próprio, Arlindo Chinaglia, PT) indica, por exemplo, uma perigosa perda de espaço e influência da Presidenta, dificultando suas investiduras futuras e prejudicando eventuais avanços.
No campo da moral, é de amplo conhecimento da população a infame gatunagem na
Petrobras, questão atualmente em evidência, além do escândalo do “Mensalão”, cujo julgamento recém encerrado culminou na condenação, por crimes variados (desde Corrupção Ativa a

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