Humanizaçãp

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HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE
Em razão do desenvolvimento tecnológico na medicina, alguns aspectos mais sublimes do paciente, tais como suas emoções, suas crenças e valores, ficaram em segundo ou terceiro planos. A doença, entretanto, objeto do saber cientificamente reconhecido, passou a monopolizar a atenção do ato médico. E deve ter sido com esse enfoque eminentemente técnico que a medicina se desumanizou.
Este desenvolvimento tecnológico trouxe avanços do conhecimento e da técnica sobre a área da saúde, tanto no diagnóstico como no tratamento, tanto na prevenção como na cura das doenças, refletindo diretamente no conforto pessoal, na qualidade de vida e na longevidade das pessoas. Entretanto, o avanço tecnológico também trouxe consigo um aspecto frio e mecânico, maquinal, reducionista (conhecimentos mais aprofundados sobre partes menores do ser humano) e algo desumano na relação entre os profissionais envolvidos com o atendimento à saúde.

O ato médico, portanto, se desumanizou. No mesmo processo, ocorreram transformações na formação médica, cada vez mais especializada, e nas condições de trabalho, restringindo a disponibilidade do médico tanto para o contato com o paciente quanto para a busca de formação mais abrangente. As atuais condições do exercício da medicina não têm contribuído para a melhoria do relacionamento entre médicos e pacientes e para o atendimento humanizado e de boa qualidade. Esse quadro estende-se tanto a outros profissionais da área como a instituições de saúde.
É evidente que as pessoas procuram o hospital para cura de seus males e alívio de seu sofrimento, o que acontece não necessariamente nessa ordem. De qualquer forma, trata-se de uma busca de alívio, de preservação da vida, de restituição da saúde e melhoria do conforto pessoal. Mas essa problemática da dor e do sofrimento não é uma simples questão técnica, pois a intencionalidade solidária, fraterna e confortadora depende mais de uma atitude do caráter do que do conhecimento. Muito

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