Homens Anfíbios

1147 palavras 5 páginas
OS HOMENS ANFÍBIOS E A PERCEPÇÃO DO ESPAÇO Os homens anfíbios, conhecidos metaforicamente, são camponeses que habitam na Amazônia, sendo assim identificados, pois seu modo de vida e seu trabalho estão ligados à dois ambientes terra-água “O que começa com espaço indiferenciado transforma-se em lugar, à medida que os camponeses o conhecem e o dotem de valor.” Nesse trecho é perceptível que a autora passa a entender a comunidade a partir de análises de desenhos e fotografias que retratam claramente o espaço em que se encontravam os homens anfíbios e suas diversas atividades. Os grupos de vizinhanças rurais possuíam certa estratificação social, caracterizada pela subsistência, afinal eles só vendiam seu trabalho quando se sentiam ameaçados por uma colheita não satisfatória.
Devido a alguns fenômenos, a geografia da comunidade sofre mudanças, sendo “Terras Caídas” e “Noda” motivadores da modificação do cenário geográfico.
Características do campesinato: dependência e simbiose com a natureza; conhecimento aprofundado da natureza e de seus ciclos (transferido oralmente); noção de território/espaço (onde o grupo se reproduz econômica e socialmente); ocupação desse território por várias gerações; atividades de subsistência (para si e para venda posteriormente); baixo capital acumulado; importância da religião nativa; tecnologia simples; fraco poder político; policultivo de subsistência; mão de obra quase exclusivamente familiar; divisão sexual do trabalho; trabalho artesanal do camponês dominado até o final (venda) e meios de produção fundamentais: terra e água. Tudo isso configura um trabalho tipicamente não capitalista, pois mesmo estando localizado num país tipicamente capitalista, o trabalhador ainda detém os direitos sobre o objeto e os meios de trabalho (no caso, a terra, a água e as ferramentas necessárias à manutenção de sua vida). Na tentativa de compreender a família camponesa, percebe-se que a predominância da família extensa sobre a nuclear

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