HOBBES E LOCKE

976 palavras 4 páginas
Tomas Hobbes

Grande parte da sua vida passou-se no contexto da Revolução Puritana e da República de Cromwell, que constituíam a realidade sobre as quais Hobbes irá refletir fazendo com que possamos concluir que as teorias em torno do homem e do Estado formuladas por este pensador estão profundamente ligadas à situação específica da Inglaterra do século XVII: o Parlamento inglês, como representante da burguesia, disputava o poder com o rei, negando-lhe o aumento de impostos e o comando do exército, situação que acaba resultando numa guerra civil entre os anos de 1642 e 1648.

Compreender o pano de fundo das reflexões de Hobbes é compreender a partir de qual sociedade ele estava formulando as suas teorias sobre o homem e o Estado em todos os tempos e, conseqüentemente, entendê-las melhor.

Para Hobbes, os homens são iguais e o que os torna iguais é o esforço que todos têm em satisfazer seus desejos e a condição de inimigos entre si, uma vez que para satisfazer seus próprios desejos, o homem não hesita diante do aniquilamento do outro, criando uma situação violenta onde todos estão contra todos, que ele chamou de “Estado de Natureza”.

Para controlar os homens em “Estado de Natureza” é preciso que exista entre eles um pacto social, que teria como objetivo assegurar a paz, tal pacto só seria possível graças à existência do Estado Soberano, que têm poder ilimitado, monopolizando o recurso à violência em nome da segurança da sociedade civil.

O Estado de “todos contra todos”, onde os homens lutam entre si pelo poder, era o que Hobbes via na sociedade inglesa em que ele vivia, durante a Revolução Puritana e a guerra civil, atestando a importância do fator histórico na compreensão das teorias, conforme ele mesmo atesta no fim do Leviatã:
“E assim cheguei ao fim de meu discurso sobre o governo civil e eclesiástico, ocasionado pelas desordens dos tempos presentes, sem parcialidade, sem servilismo, e sem outro

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