Historia tranca rua
A premera vez que vi O cabocão lazarino
E nunca mais esqueci
Seu nome era tranca rua
Pois quando a vontade sua
Era fechar a cidade
Dava ordem pra trancar
Mercado, bodega, bar E até a casa do padre
Quatro, cinco, seis soldado Para ele era perdido Uns ficava istrupiado Outros ficava estendido
De modos que a cidade Não tinha tranqüilidade No dia que ele bebia Pois quando se embriagava Dava a gota bagunçava E prendê-lo ninguém podia
Tranca rua era um caboco De dois metros de artura Os braço era aqueles tôco As pernas dessa grossura Não tinha medo de nada Pois até onça pintada Ele sozinho caçava Pegava a bicha com a mão Depois com um cinturão Dava-lhe uma pisa e matava
E eu cresci-me escutando Falar do cabra voraz O tempo foi se passando
E eu tormei-me rapaz Mole que só a mulesta Pois até pra ir uma festa Eu era discunfiado Se acaso visse uma briga Me dava uma fadiga Eu ficava todo mijado
Quem hoje olha pra mim Pensa até que eu tô inchado Mais eu nunca fui assim
Naquele tempo passado Eu era um cabra mufino Desses do pescoço fino Da cabeça chata e feia No lugar onde eu morava O povo só me chamava De caboré de urêia
Por artes do mangangá Um dia eu me alistei Num concurso militar E apois num é que eu passei? E me tornei um sordado Mago feio e infadado Nem cum revóve eu pudia Porém se o chefe mandasse Prendê alguém qui errasse Dava a gota mais eu ia
Um dia de madrugada Eu estava bem deitado Quando chegou Zé buchada Com os óio arregalado Foi logo chamando a gente Depois deu parte ao tenente Relatou o desmantelo Traça rua