historia economica geral

Acumulação Primitiva
É o processo de acumulação de capital da manufatura. As inovações técnicas que seriam para o aumento da produtividade manufatureira não superaram as limitações naturais do trabalhador, que tornam a acumulação manufatureira incapaz de aumentar a produtividade. Por isso o aumento da produtividade torna-se limitado, pois não se reduz permanentemente o valor dos meios de subsistência dos trabalhadores, o que se agrava pelo fato de que grande parte dos meios de consumo é produto de unidades de produção pré-capitalistas. Nesse processo a redução do valor da força de trabalho é limitada. Dada a limitada capacidade da manufatura de incrementar a produtividade do trabalho, os prolongamentos da jornada de trabalho caracterizarão o período manufatureiro, a produção manufatureira aparece como meio de extração de mais-valia absoluta. Pela demanda de trabalho, que cresce de acordo com a acumulação, pela incapacidade de proletarizar produtores independentes, e finalmente porque necessita de força de trabalho qualificada.
Em relação os limites das inovações técnicas a demanda de força de trabalho no mercado cresce na mesma proporção que a acumulação de capital. Assim como no processo de produção, o trabalhador é submetido apenas de maneira formal ao capital. É necessária a legislação regulando salários e jornada de trabalho, para garantir a adequada valorização do capital. Para Marx a burguesia ainda dependia do poder do Estado para regular seus salários e tirar o máximo de proveito possível dos fabricantes de mais-valia. Não somente o surgimento de uma classe de trabalhadores livres é fruto de violência, mas sua subordinação e ampliação são garantidas pelas forças do Estado. No modo de produção capitalista plenamente constituído, o próprio movimento que transforma mais-valia em capital resultará em expansão de mercados para os produtos da grande indústria. A composição orgânica do capital na manufatura tenderá à estabilidade ou crescerá lentamente, e