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Fichamento – História e Memória
No que se refere a Lua e ao Sol (que são a base do calendário), segundo Marcel Gronet, o Sol representa o rei e a Lua representa a rainha. Uma vez que a Lua, não possuindo luz própria, reflete a luz do sol, entende-se que a rainha reflete a autoridade do rei.
Já, segundo Mircea Eliade, o tempo que é baseado nas fases da lua é o tempo real, vivo. Exemplo: controle da chuva, sementeira ou ciclo menstrual.
Vale lembrar que as crenças populares europeias atribuem à Lua um grande poder, sendo este, quase sempre um poder maléfico.
No que diz respeito ao ano, podemos afirmar que, no calendário, o ano significa as mudanças de estações, de trabalhos e festas (um ciclo). Porém, há quatro pontos essenciais: O início do ano; O ritmo anual, enquanto ritmo orçamental das sociedades modernas; O ano sendo visto como unidade; O ano enquanto data, servindo de ponto de referência de fatos históricos.
No nosso calendário, o ano é uma unidade. Existiam povos que utilizavam ciclos plurianuais como, por exemplo, os Astecas. Os Astecas possuíam um calendário que compreendia um ciclo de cinquenta de dois anos, sendo que cada ano se desenrolava em grupos de quatro, cada um situado nos pontos cardeais. Nos calendários budistas, por exemplo, há um ciclo zodiacal de doze anos, transposição do ciclo zodiacal de doze meses da antiga Caldéia.
Explicando rapidamente, essa crença se dá, devido a história de que no ano novo, Buda convidou os animais para que lhe fizessem homenagens, e, em troca, teriam de presente um ano com seu nome.
Como apareceram somente doze animais, cada um ganhou um nome por ordem de chegada, e estes anos são personalizados por influências, festas ou nefastas particulares.
Os animais foram: o rato, o boi (o búfalo), o tigre, o coelho, o dragão, a serpente, o cavalo, a cabra, o macaco, o galo, o cão e o javali (o porco).
Podemos dizer que o ano é um ciclo de morte de renascimento, uma vez que nos despedimos do ano e