Hipótese de Oparin e Haldane
As condições da Terra antes do surgimento dos primeiros seres vivos eram muito diferentes das atuais. A Terra estava passando por mudança intensas e profundas: as rochas estavam se formando por resfriamento, dando origem à crosta terrestre; as erupções vulcânicas eram muito frequentes, liberando grande quantidade de gases e de partículas na atmosfera. Esses gases e partículas ficaram retidos por ação da força da gravidade e passaram a compor a atmosfera primitiva.
Embora a atmosfera atual seja muito diferente da primitiva, os cientistas são capazes de opinar sobre como deve ter sido sua composição pela análise dos gases eliminados nas atuais erupções vuilcânicas. Apesar de ainda não existir consenso sobre a composição da atmosfera primitiva, foi proposto inicialmente por Oparin que ela provavelmente seria formada por vapor d'água (H2O), e pelos gases hidrogênio (H), amônia (NH3) e metano (CH4).
Haldane propôs um outra composição química para a atmosfera primitiva. Segundo ele, os componentes seriam gás carbônico (CO2), amônia e vapor d'água. Outro ponto de diferença entre a opinião desses dois pesquisadores refere-se à fonte de carbono para a formação das moléculas orgânicas: para Oparin teria sido o metano, para Haldane era o gás carbônico.
Quanto ao gás oxigênio (O2), ele ainda não existia ou estava presente em pouquíssima concentração.
A Terra primitiva passou por um processo de resfriamento, que permitiu o acúmulo de água nas depressões da costa, formando os mares primitivos.
As tempestades com raios eram frequentes e violentas, e não havia na atmosfera o escudo de ozônio contra radiações, especialmente a ultravioleta, que atingiam a Terra com grande intensidade. Na atmosfera atual existem oxigênio livre e especialmente ozônio (O3), que forma um escudo protetor contra essas radiações.
As descargas elétricas e as radiações intensas que atingiam nosso planeta teriam fornecido energia para que algumas moléculas presentes na