hidto

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O estudo e conhecimento do ciclo menstrual e de todo o seu mecanismo fisiológico é de grande importância para a ginecologia, para se compreender as diversas modificações biológicas que se realizam ciclicamente a cada novo ciclo e repercutem de maneira global sobre o organismo feminino.

Essas modificações orgânicas características são marcadas por dois eventos: a ovulação e a menstruação. Para que aconteçam, estão na dependência da integridade e ação adequada do sistema neuroendócrino - Hipotálamo-hipófise-ovário, que pela atuação de seus hormônios são responsáveis por estas modificações.

A menstruação é a descamação periódica e cíclica do endométrio progestacional acompanhada de perda sanguínea que marca o início de um novo ciclo.

O ciclo menstrual pode então ser dividido em 3 fases características, de acordo com a atuação hormonal vigente naquele período, em: fase proliferativa sobre influência do estrogênio, fase secretora sobre influência da progesterona e fase menstrual.

A menstruação sempre foi cercada de muitos mistérios e tabus e antes das investigações científicas, a explicação do mecanismo da menstruação inseria-se no campo das cogitações. Para Hipócrates, a menstruação exercia função depuradora do organismo feminino. Outros falavam em menotoxinas, isto é, em produtos tóxicos produzidos ciclicamente no útero que deveriam ser eliminados. Em 1865, Pfhiiger criou a teoria neuroreflexa e, com tal enfoque, relacionou os ovários com o fenômeno da menstruação.

Halban, em 1901, a partir de seus experimentos castrando macacas, verificou que a reimplantação das gônodas mesmo em local distante do sítio original, provocava a volta das menstruações, o que levava a supor que uma substância produzida pelo ovário seria o elemento de ligação entre a gônoda e o endométrio. Daí em diante, surgiram estudos abordando a influência da hipófise e do hipotálamo sobre a reprodução.

É certo que todas as modificações ocorrem simultaneamente em todo o organismo

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