Hermeneutica

Introdução ao estudo da hermenêutica jurídica: considerações preliminares.

Do grego, “hermeneucian” (ερμηνευτικη) verbo, “hermeios”, referindo-se ao sacerdote do oráculo de delfos. Isso nos remete a mitologia antiga do deus “Hermes”.
Esse deus era, segundo a mitologia grega, o responsável pela medição entre os deuses e os homens. Ele atuara como um mensageiro, unindo a esfera do divino-transcendental e o homem decodificando as mensagens trocadas entre ambos os planos.
Assim, surge a palavra hermenêutica, referindo-se ao processo de tornar compreensíveis, de maneira aprofundada, o processo que envolve a linguagem.
Quando se fala em hermenêutica, e quase intuitivo pensarmos em interpretação. Todavia, não se confundem como veremos em momento oportuno.
“interpretação” prove do termo latino “interpretare” (inter-penetrare), que significa penetrar mais para dentro.
Isto se deve a prática religiosa de feiticeiros e adivinhas, os quais introduziam suas mãos nas entranhas dos animais mortos, a fim de conhecer o destino das pessoas e obter respostas para os problemas humanos.
A luz dessa parábola, que indubitavelmente influenciam os métodos de apreensão cognitiva, não pode negar que o trabalho do hermeneuta na mais moderna, guarda a estreita relação com a atuação mítica do deus Hermes, pois não faz outra coisa senão agir como intermediário na relação estabelecida entre o autor de uma obra e comunidade humanista.
Sem sombra de duvida, a hermenêutica e imprescindível, para o conhecimento. Tudo e aprendido e representado pelo sujeito cognitivo depende de praticas interpretativas.
E como o mundo vem à consciência pela palavra, e a linguagem e já a primeira interpretação, a hermenêutica torna-se inseparável da própria vida humana, não se restringindo apenas aos ditames normativos legais. Isso ficara mais claro ao estudarmos Gadanier.
Alias não se dividem do fato de qual a hermenêutica jurídica não é a única existente. Isso seria uma ridícula presunção. A hermenêutica