Hebreus

Alimentos e bebidas no Antigo Egito
Os antigos egípcios tinham consciência da ligação entre falar e comer, considerando que as duas ‘oralidades’ são representação da relação primordial que existe entre a vida e a nutrição. Isso significa que a saúde e longevidade dependiam dos prazeres da mesa. Enquanto os sábios e seus ‘ensinamentos morais’ recomendavam a higiene alimentar, o senso comum acreditava que a boa saúde estava ligada a grandes quantidades de comida.
Interessante também era perceber que a comida era vista como uma forma de controlar a população, a fim de que rebeliões fossem evitadas. Além disso, outra importância na alimentação residia no fato de que alimentos também estavam ligados à crença na vida após a morte e acompanhavam as orações fúnebres (na tumba os mortos eram sempre representados sentados diante de uma mesa com oferendas alimentares).
A produção alimentar no Egito era sazonal, dependendo das cheias do Nilo, para agricultura e pecuária. Além disso, os egípcios se valiam de técnicas de caça e pesca para obtenção de todos os gêneros alimentícios. Os primeiros cereais cultivados eram a espelta, a cevada e o trigo, sendo os dois últimos relacionados à produção de pão e cerveja para estratos superiores da sociedade.
Os pães eram utilizados como ofertas em rituais mágicos e litúrgicos e a cerveja era preparada por fermentação quente de trigo, pão, cevada e água.
A dieta também continha muitas frutas, leguminosas e raízes e a comida, além de ser considerada um elemento fundamental na nutrição, era também utilizada como medicamento. Vinhos feitos de uvas pretas, figos, tâmaras e romãs. Também eram importados vinhos da Síria. Em relação ao leite, ele era utilizado cru e em seus derivados. A carne era seca para se conservar por mais tempo.
Porcos tinham lugar de destaque na mesa egípcia, porém eram proibidos em oferendas ritualísticas. Comiam aves de pequeno porte, de criação ou caça e grande variedade de peixes devido ao rio Nilo. Comiam, além