HASENBALG, Carlos. Capítulo 2: A Distribuição de Recursos Familiares
Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais
Disciplina: Métodos Quantitativos em Ciências Sociais
Professor: André Ricardo Salata
Aluno: Denis Souto Valente
Resenha 1: HASENBALG, Carlos. Capítulo 2: A Distribuição de Recursos Familiares. In: Hasenbalg, C. Silva, N.V. (Orgs.) Origens e Destinos: desigualdades sociais ao longo da vida. Rio de Janeiro. Topbooks. 2003. pp 55-84.
Os Recursos Familiares são definidos como os recursos materiais e não materiais provenientes da família, os quais influenciam a qualidade do aprendizado e as oportunidades de permanência e progressão escolar. Tais recursos são de três ordens: (a) Capital Social; (b) Capital Cultural; e (c) Capital Econômico. A distribuição dos recursos familiares é recebida e percebida de formas diferentes por cada integrante na hierarquia familiar. O capital social foi mensurado a partir da presença física dos adultos e da atenção destinada às crianças, o cultural foi medido pelo grau de escolaridade dos pais e demais residentes de 15 anos ou mais, já no econômico considerou o resultado da renda familiar per capita para o domicilio com filhos. O capitulo de livro estudado propõe modelos de análise e formas de inferência que permitem, com bastante precisão, entender as relações entre Recursos Familiares e educação. Basicamente se trata de estimar as relações entre a origem social e o alcance educacional, ou seja, onde algumas pessoas de origem social diferentes podem chegar dentro do sistema de ensino formal brasileiro. No Brasil o sistema educacional costuma reproduzir as disparidades socioeconômicas passadas de pais para filhos. É através do sistema escolar que as oportunidades sociais são distribuídas, sendo que a mobilidade social individual está associada com as realizações educacionais das pessoas, o sucesso ou o fracasso destas pessoas no sistema educacional está relacionado em parte com os recursos familiares que lhes foram