harvey condição pós moderna
Em meados dos anos 60 o modelo fordista de produção entrou em crise pois se demonstrava incapaz de dar conta das contradições inerentes do capitalismo. Harvey aponta como fatores que contribuíram para a crise fordista a crise do petróleo de 1973, o surgimento da concorrência japonesa com a ascensão do toyotismo, as mudanças tecnológicas da época, novas necessidades de consumo e etc. Porém o autor aponta que a crise ocorreu devido à incapacidade do fordismo em absorver as demandas geradas pelo sistema capitalista. Esta incapacidade deriva do que o autor chamou de rigidez. “Rigidez dos investimentos de capital fixo de larga escala e de longo prazo em sistemas de produção em massa, que impediam a flexibilidade do planejamento (…)". "Rigidez nos mercados, na alocação e nos contratos de trabalho”. Qualquer tentativa de superar esses problemas de rigidez esbarrava nas manifestações da classe trabalhadora. Por conseguinte, esta rigidez acabava perpassando os compromissos assumidos pelo Estado que, para manter a legitimidade do sistema, sob pressão intensificava os investimentos em programas de assistência social (HARVEY, 2008).
As consequências foram o rompimento dos padrões e práticas capitalistas assentadas no modelo fordista, se mostrou em ascensão um novo modelo de acumulação, gerando um novo sistema de desregulamentação politico e social. Neste regime ocorreu à substituição de um modelo de produção e acumulação calçado na rigidez produtiva, por um regime fundamentado em uma maior flexibilidade dos processos, produtos, padrões de consumo, mercados e da organização do trabalho.
5- No período inicial de crise, o fordismo e o keynesianismo demonstravam-se