Hannah Arendt em as esferas públiza e privada

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Hannah Arendt em As Esferas Pública e Privada aborda a necessidade da sociedade para definir a concepção de humano já que para ela a ação, que é prerrogativa inteiramente do homem depende da constante presença de outros. A priori se conceitua a vita activa, que seria a dedicação ativa da vida humana em realizar algo.
A igualdade era tida como essência da liberdade, e como o chefe de família era dominante – devido ao poder que exercia sobre sua família e seus escravos – este só era considerado livre pela faculdade de deixar o lar (esfera privada) e ingressar na pólis (esfera pública) onde todos eram iguais.
A sociedade crescente conquista a esfera pública, e os gregos notam que a pólis só existiria com um número limitado de cidadãos. O mundo comum seria mantido para as futuras gerações de acordo com o que é relevante para a geração atual.
A autora utiliza parte do pensamento de Jean Jacques Rousseau para explorar o conceito de intimidade. Hoje se entende aquilo que é privado como algo que resguarde a intimidade e não como algo que realmente prive o homem do contato com o público. O conceito de privado hoje seria mais próximo do que é considerado o oposto da esfera social, ao contrário de anteriormente onde esta era considerada como oposição à esfera pública.
O social surge como uma forma de os proprietários buscarem que aquilo que é deles seja resguardado pela esfera pública, enquanto tentam acumular mais capital. A intimidade fica refugiada à propriedade privada e cabe ao individuo escolher o que ele quer mostrar para a esfera pública e o que ele quer guardar para si.
Para Hannah Arendt existem coisas que precisam ser reservadas, como a bondade que não deve ser percebida nem mesmo por aquele que a pratica, já que esta deve ser realizada sem a intenção de praticar e muito menos de ser exposta e outras que devem ser expostas, como o trabalho que necessita da observação de outros para que o homem não seja apenas um animal

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