Guy Debord: reflexões sobre o espetáculo na atualidade

465 palavras 2 páginas
Resenha sobre “A Sociedade do Espetáculo”, Guy Debord: reflexões sobre o espetáculo na atualidade Camila Pissolito RA 5778929

“Aparecer e ser” parece um dilema dos dias de hoje, onde as redes sociais estão saturadas de informações pessoais sobre as pessoas que nos cerca. Guy Debord (Paris, 1931-1994) já previa isso nos anos sessenta, onde dizia que tudo o que era vivido diretamente tornava-se representação, invertendo os moldes e fazendo com que a realidade surgisse através do espetáculo, que por sua vez, transformava-se na própria realidade.
Em 1931, a cidade de Paris ainda se recuperava dos anos vinte, período onde a produção artística e boêmia chegou ao seu ápice, mas também onde tensões sociais e políticas foram marcadas através da Grande Depressão, antevendo a segunda guerra mundial. Neste cenário, nasce o pensador Guy Debord, autor de muitos dos textos usados como base em “Maio de 68” – época de greve geral na França.
Apesar do cunho anarquista presente nestes textos, o escritor tem em “La société du spectacle” (A Sociedade do Espetáculo) sua obra prima, que manteria em evidência o seu trabalho mesmo depois de sua morte.
Neste livro, ele critica não apenas o espetáculo do capitalismo ocidental, como também expõe a problemática do estado socialista oriental, através do espetáculo “concentrado”.
A chamada “espetacularização da vida cotidiana”, que faz com que gestos medianos de pessoas medianas tornem-se merecedores da atenção de um grande público, também pode ser encontrada em sua obra, que aborda ainda temas recorrentes da atualidade, como a alienação causada pelos grandes veículos de comunicação.
Se a representação de nossas próprias vidas é objeto desta alienação, as relações tornam-se cada vez mais superficiais, o que faz com que a nossa cultura ingresse na “era do vazio”. Segundo o autor, este processo seria resultado de uma sociedade capitalista, dando uma nova

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