guerra de canudos

1066 palavras 5 páginas
Canudos
Publicado em 1 de agosto de 2011 por historiandonanet07

Durante o governo de Prudente de Morais (1894-1898), houve um movimento popular no sertão baiano que abalou as estruturas da recente República. Em 1893, formou-se, às margens do rio Vaza-Barris, em uma fazenda abandonada, o arraial de Belo Monte, que tinha como líder o sertanejo Antonio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido como Antonio Conselheiro.

Filho de comerciante, Antonio Conselheiro fora educado para ser padre, mas por problemas financeiros e complicações domésticas ele acabou exercendo várias profissões, como professor e vendedor ambulante. Mas converteu-se em beato (misto de sacerdote e chefe de jagunços) e passou a levar uma vida nômade pelo sertão, congregando o povo para construir e reformar igrejas, erguer muro de cemitérios e seguir uma vida ascética.

Em sua pregação, Conselheiro exortava seus seguidores a não seguir a República. Para ele, o princípio republicano de separação entre Igreja e Estado era impensável e deveria ser recusado. Ele negava ainda o casamento civil, a liberdade de culto e outras medidas do governo que lhe pareciam sacrilégios.

Em 1893, o beato e seus seguidores rebelaram-se contra a cobrança de impostos no município de Bom Conselho, interior da Bahia: em um dia de feira, ele queimou as tábuas que fixavam as taxas que deveriam ser recolhidas para o governo federal. Com isso, o governo do estado da Bahia enviou um contingente de 30 praças para prendê-lo e dispersar seus seguidores.

No entanto, Conselheiro fugiu com seus seguidores e passou a procurar um local em que pudesse se estabelecer longe da repressão republicana. O refúgio escolhido foi a fazenda abandonada, Canudos, às margens do rio Vaza-Barris, onde o beato ergueu o arraial sagrado de Belo Monte.

Em pouco tempo, muitos sertanejos deixaram seus locais de origem para se refugiarem em torno de Conselheiro. Acredita-se que cerca de 30 mil pessoas viveram nesse arraial. A população era

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