Guerra da Chibata

Revolta da Chibata
Introdução
Os marinheiros eram punidos com chibatadas quando descumpriam ordens, apesar disso ser proibido desde o Império. Na Marinha de Guerra do Brasil, os marinheiros eram tratados como escravos, já que sofriam açoites na frente dos companheiros, recebiam salários baixos e tinham um trabalho muito pesado.
A Revolta da Chibata foi um movimento social do início do século XX, que começou em 22 de novembro de 1910.
Causas
Em 1908, João Cândido, também chamado de Almirante Negro, foi para a Inglaterra para acompanhar a construção final do navio de guerra que o Brasil havia encomendado, lá ele teve contato com marinheiros britânicos, buscando melhorias nas condições de trabalho, já que marinheiros brasileiros estavam insatisfeitos com as péssimas condições de trabalho.
No dia seguinte ao Marechal Hermes da Fonseca assumir o poder, o marinheiro Marcelino Rodrigues de Menezes recebeu 250 chibatadas, já que ele havia ferido um companheiro; com esta punição a revolta se intensificou e rebeldes mataram o comandante do navio e três oficiais, os rebeldes conseguiram chegar a Baia de Guanabara e receberam apoio do encouraçado São Paulo.
Revolta
Os marinheiros do encouraçado São Paulo e Minas Gerais liderados por João Cândido, tomaram as embarcações e mandaram uma carta ao presidente reivindicando melhorias na alimentação, folga semanal a todos os marinheiros, salários maiores, o fim dos castigos físicos, e absolvição dos revoltosos; caso essas melhoras não fossem atendidas, disseram que bombardeariam a capital da época, que era Rio de Janeiro. Os navios podiam ser vistos na Baia de Guanabara, os quais possuíam bandeiras vermelhas, marcando a revolta e convidando outros marinheiros; muitas famílias se mudaram do Rio de Janeiro com medo dos bombardeios, disparos foram efetuados como advertência e alguns civis foram mortos.
Devido à gravidade da situação o governo decidiu atender os pedidos, tentou se mobilizar, no entanto, não tinha poder