Globalização da Cultura

Globalização - Cultura
Até pouco tempo atrás, para lançar um disco precisava-se de um exército: distribuidores, divulgadores, empresários, produtores, técnicos, estúdios e muito dinheiro. As gravadoras dominavam o mundo da música, colocando quem queriam nas paradas de sucesso, e mantinham o controle absoluto dos artistas por meio de contratos. Desde meados da década de 70, no entanto, já se ouvia falar sobre música independente. Hoje, as gravadoras não possuem mais um monopólio da indústria musical, tendo muitas, inclusive, fechado as portas por não conseguirem se adaptar a nova realidade.
Atualmente, muitos artistas nem cogitam mais a hipótese de entrar para uma grande gravadora, e os que entram agora pensam em sair. Sozinhos, esses artistas independentes atuam como produtores, divulgadores e muito mais. Muitos ainda lançam seus próprios selos, e dão espaço e apoio para outros músicos, como o rapper Emicida e o roqueiro Jack White.
O nome selo é uma tradução de label, termo em inglês que designa divisões dentro de uma gravadora. Entretanto, muitos selos não fazem parte de gravadoras e foram criados para o lançamento de músicas de forma independente. Por serem menores, possuem um público-alvo menor, atingindo com maior sucesso um nicho mais específico do mercado. Têm, para isso, especialização em determinados estilos musicais, como hip hop, punk rock, música eletrônica, entre outros.
Para criar um selo, é preciso um contrato social, registrado na junta comercial estadual, onde a atividade do selo está descrita. Também é fundamental o selo ter um site, que pode ser uma página em uma rede social.
Para deter os direitos autorais das músicas lançadas, o selo precisa também ser uma editora. A editora registra as músicas através de um software que gera códigos válidos em todo o mundo, o ISRC. Para abrir uma editora é necessário entrar em contato com uma sociedade ligada ao ECAD, como a Socinpro, em São Paulo. Essa entidade fornece o software gerador de ISRC por uma