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1978 palavras 8 páginas
O Método Descartes preocupou-se, desde muito cedo, em formular um método, que permitisse orientar a razão de forma a atingir o conhecimento verdadeiro. Já no tempo em que estudou em La Flèche, havia inventado um método para disputar em Filosofia, método esse que fazia lembrar alguns procedimentos utilizados pelos matemáticos. Indo contra o método usado naquele tempo nas escolas, que assentava na lógica aristotélica, Descartes procurou antes orientar-se pelo rigor que a matemática lhe fornecia
“(...) todas as coisas podem dispor-se sob a forma de séries, não enquanto as referimos a qualquer género de ser, como fazem os filósofos que as repartiram nas suas categorias, mas enquanto se podem conhecer umas a partir das outras, de tal modo que, cada vez que se apresenta uma dificuldade, possamos imediatamente dar-nos conta se será útil resolver outras previamente, e quais, e em que ordem.”
Descartes, Regras, Reg. 6, A.T., X, 381. Assentando no conceito de série, temos o conceito de ordem, conceito essencial no método cartesiano. A ordem permitia hierarquizar os nossos pensamentos, dos mais simples (dados pela intuição) aos mais complexos (dados pela dedução). É esta a ideia que se distingue na seguinte passagem: “A ordem consiste apenas nisto: que as coisas que são propostas em primeiro lugar devem ser conhecidas sem a ajuda das seguintes, e que as seguintes devem estar dispostas de tal modo que sejam demonstradas pelas coisas que as precedem.”
Descartes, Respostas às Segundas Objecções Subjacente ao próprio conceito de método está o do conjunto das regras que o compõem. Descartes formulou quatro regras que analisaremos após a leitura de excertos do Discurso do Método onde o filósofo as descreve: “O primeiro era nunca aceitar coisa alguma por verdadeira, sem que a conhecesse evidentemente como tal: quer dizer, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção; e não aceitar nada nos meus juízos, senão o que se me apresentasse

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