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‘Esconder o racismo não o faz ir embora’, diz ex-pantera negra
A ex-pantera negra Ericka Huggins relembra a luta contra o racismo nos EUA durante os anos 1960 e 1970 e diz que ainda há muito que avançar: ‘me recuso a desistir’
Por Daniele Silveira, Guilherme Zocchio, José Coutinho Jr. e Viviane Araújo | Categoria(s): Notícias, Reportagens “O governo queria que esperássemos, mas éramos jovens e impacientes. Esperamos centenas de anos após o fim da escravidão.” Assim Ericka Huggins, professora universitária e socióloga, hoje com 64 anos, definiu sua militância quando era jovem no Partido dos Panteras Negras (em inglês, BPP – Black Panther Party), nos Estados Unidos. Ericka esteve recentemente no Brasil, onde visitou diversas universidades e escolas para relatar sua história de vida e trajetória no movimento negro estadunidense nos anos 1960 e 1970.

Aos 15 anos presenciou o histórico discurso de Martin Luther King em defesa dos direitos civis dos negros, episódio que influenciou sua decisão de entrar na luta política. Três anos mais tarde, em 1967, entrou para o BPP, que existia havia um ano. Lá, conheceu John Huggins, que se tornaria seu marido e companheiro.

Não esquece de colocar uma legenda, fera (Foto: Guilherme Zocchio)
“Agora eu olho para trás e vejo que tudo o que nós fizemos deixou um marco”, afirma Ericka Huggins (Foto: Guilherme Zocchio)

O BPP era formado majoritariamente por jovens: a média de idade de seus integrantes era 19 anos. Seu propósito era libertar pessoas pobres e oprimidas. Apesar de ser retratado na mídia como um grupo violento, o partido realizou diversas ações que beneficiaram as pessoas mais carentes, como café da manhã gratuito para crianças, criação de clínicas de saúde, doações de roupas e sapatos e uma escola comunitária na cidade de Oakland, além do trabalho político com as comunidades.

Cartaz da época ilustra o lema do Partido dos Panteras Negras: "Todo o poder ao povo" (Imagem: Emory Douglas)
Cartaz ilustra o

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