Gestalt

1 - Introdução

Este trabalho apresentará uma das escolas da Psicologia conhecida como Gestalt. Serão abordadas sua origem, seus fundadores, teorias estabelecidas, algumas aplicações e suas contribuições para a história da psicologia.

No final do século XIX e início do século XX, começaram a surgir controvérsias nas abordagens da psicologia, atingindo o ápice por volta de 1910. Neste período, estudos aprofundados sobre a percepção humana possuíam em comum a análise atomista (compreendia o conjunto a partir de seus elementos). Sob esse ponto de vista, o homem tenderia a somente perceber uma imagem através de suas partes componentes, compreendendo-as por associações de experiências passadas, isto é, associacionismo.

Em contrapartida nasceu a teoria da Gestalt, palavra de origem alemã, cujo significado é de difícil tradução e o termo mais próximo em português seria forma ou configuração.

Ernst Mach (1838-1916), físico, e Christian Von Ehrenfels (1859-1932), filósofo e psicólogo, foram os antecessores da Psicologia da Gestalt. Eles desenvolveram uma psicofísica com estudos sobre as sensações (o dado psicológico) de espaço-forma e tempo-forma (o dado físico). Entretanto, Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler, baseados nos estudos psicofísicos que relacionaram a forma e sua percepção, construíram a base de uma teoria eminentemente psicológica. Estes três últimos são considerados os fundadores da Gestalt.

2 - Fundadores

Max Wertheimer (1880-1943)

Nasceu em Praga, era filósofo e psicólogo, foi o líder intelectual do movimento. Doutorou-se em 1904 na Universidade de Würzburg, sob a orientação de Oswald Külpe. Em 1910, Wertheimer percebeu a importante significância sistemática do fato que o estímulo visual descontínuo pode produzir a percepção de movimento contínuo – a percepção, segundo parece, não corresponde ponto a ponto ao estímulo físico, mas organiza-se como um todo – todo esse que