gastronomia italiana

O INÍCIO DA INFLUÊNCIA ITALIANA NA
ALIMENTAÇÃO BRASILEIRA

Silvia de Souza Rolim
Acadêmica de Nutrição da FSP-USP, estagiária curricular em marketing da
NUTROCIÊNCIA ASSESSORIA EM NUTROLOGIA

A imigração italiana para o Brasil no século XIX está relacionada à demanda da mão-de-obra livre nos cafezais do Oeste Paulista, uma vez que a cafeicultura estava em expansão e ocorria a substituição da mão-de-obra escrava. Ao chegar ao interior paulista esses imigrantes se depararam com uma oferta restrita dos alimentos habitualmente consumidos na Itália, sendo obrigados a adaptar a sua alimentação aos alimentos brasileiros mais acessíveis.
Como o fubá era encontrado com maior facilidade no Brasil, pois os brasileiros o utilizavam para fazer angu, os italianos puderam manter o hábito de utilizar este derivado do milho para fabricação de polenta e broas. Eles ainda podiam cultivar o milho entre as leiras de café, aumentando o seu consumo. A expressiva ingestão de polenta pelos imigrantes não passou despercebido pelos brasileiros, que a viam como um indicativo de identidade dos italianos.
Outro produto alimentício bastante comum aos italianos e que enunciavam sua identidade era o vinho, embora de pior qualidade que os consumidos por eles na Itália.
Como alguns imigrantes que vieram ao Brasil não possuíam experiência na agricultura e/ou alegavam más condições de vida e de trabalho, estes iniciaram uma busca por alternativas, deixando o país ou migrando para outras cidades. Eles se empregaram na indústria, na construção civil e no comércio, destacando-se no ramo de alimentos e bebidas.
Os italianos que viviam no meio urbano dispunham de maior diversidade de alimentos do que os que permaneceram no meio rural. Alguns desses alimentos eram inclusive importados da Itália.
Percebendo esse novo mercado que surgia, muitos italianos abriram estabelecimentos que vendiam gêneros alimentícios próprios das cozinhas regionais italianas. Passou-se a vender embutidos,