Gargântua e pantagruel

6096 palavras 25 páginas
Antes de qualquer coisa, cabe aqui a contextualização teórica do trabalho, que se desenvolveu a partir das belíssimas letras traçadas por François Rabelais, ou Alcofibras
Nasier como o próprio autor se intitulava. A primeira leitura da obra rabelasiana parece oferecer uma grande fábula sobre a vida dos gigantes Gargantua e Pantagruel. A história narra toda a saga da linhagem dos gigantes reis, desde o pai de Gargantua, o nobre e sábio Grandgosieur, que na guerra das fogaças terá papel mediador decisivo, passando por todo o reinado de seu filho, bem como pelas grandes aventuras marítimas de
Pantagruel.

2. A guerra das fogaças
O que aqui interessa à análise da Justiça tem início no momento em que os pastores do país de Grandgosieur pedem, cortesmente, aos vendedores de fogaças, do país do rei
Picrochole, que lhes vendessem, pelo preço de mercado, os deliciosos bolos. Os vendedores, além de não se mostrarem inclinados a atender ao pedido, ultrajaram os pastores grandemente, ofendendo-os com as piores injúrias possíveis. Diante disso, um dos pastores, “[...] homem de honesta personalidade e digna apresentação, replicou, delicadamente: Desde quando mudaste tanto, que vos tornastes tão rudes? Costumáveis vender com tão boa vontade, e agora recusais? Não se faz tal coisa com bons vizinhos, e não vos fazemos assim, quando vindes comprar o nosso belo trigo, com o qual fazeis bolos e fogaças (RABELAIS, 2001: 142)”.
Entretanto, a conduta do pastor Forgier foi inútil, pois quando apresentou o justo dinheiro para a compra das fogaças, recebeu em troca o chicote entre as pernas e a briga tomou corpo envolvendo todos que ali estavam presentes e costumavam viver em boa amizade. Como o ódio torna os pensamentos turvos, os pastores, depois de agredirem o líder dos vendedores de fogaças, tomaram os bolos e lá deixaram o dinheiro estimado pelo preço costumeiro.

Ocorre que os vendedores de fogaças retornaram ao seu reino, Lerné, e lá procuraram o
rei

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