fé da verdade e verdade de razao

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O problema da relação entre fé e razão é tão antigo como o próprio Cristianismo. Já S. Pedro, em sua primeira epístola, exorta os cristãos “a saberem dar as razões de sua confiança (fé) a quem o solicitar”. Este problema coincide, em grande parte, com a relação entre Teologia e Filosofia.
Pascal, (1623-1662) foi filósofo, teólogo, cientista, geômetra do sec. XVII, que se debateu com esse mesmo problema, e, tentou estabelecer uma síntese entre estas duas dimensões que sempre estiveram em conflito. Mas, por vezes a sua actividade filosófica parece um pouco contraditório, o seu interesse pela ciência, religião e filosofia, muitas vezes se chocam. Mas Pascal, soube sempre conciliar essas esferas do conhecimento humano, sem estabelecer uma oposição redical, entre a razão e a fé, a semelhança dos outros filósofos, que de uma certa forma tentaram realçar uma em detrimento do outro e vice versa.
A sua actividade de apologética muitas vezes se cruza com a sua actividade de cientista, uma vez que ao longo da redação da sua Obra prima que mais tarde veio a ser considerada, uma apologia a “verdadeira religião”, ele dedicava-se á geometria, tendo lançado o concurso sobre a roleta.
De facto para pascal, ciência e religião, são dois domínios completamente diferentes, cada um possui a sua faculdade específica, no entanto Pascal salvaguarda a subordinação das verdades da razão sob as verdades da fé, diferente dos jesuítas que punha a razão acima da fé.
Para isso, ele se empenha em distinguir dois planos de verdade: aquela que buscamos saber, o que os outros escrevem “história, geografia, jurisprudência...”, onde só a autoridade nos pode esclarecer; e aquela que buscamos pelo raciocínio, e que concernem aos sentidos e à razão, onde a autoridade é inútil.
Com efeito, razão e a autoridade têm os seus domínios separados, por isso, Pascal estabelece princípios metodológicos, que servem para distinguir as verdades da razão das da teologia (fé). Ele estabelece uma regra universal

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