Fusao entre 2 empresas

Fusao neOs fantasmas da fusão
Demissão, perda de status, choque cultural? Saiba como vencer estes temores para não entregar os pontos após a aquisição da empresa
Anna Luiza Herzog ([e-mail]) 10/08/2005
Foram seis meses de paquera até o administrador de empresas catarinense Julio Bosco, de 35 anos, aceitar o convite da Logocenter, de Santa Catarina, do setor de tecnologia. Ele foi contratado para ser gerente de marketing, mas depois de quase um mês no novo emprego recebeu uma notícia bombástica. Seu novo empregador estava sendo incorporado por outra organização, a Microsiga, de São Paulo, maior desenvolvedora de software do país. "Levei um susto, mas logo comecei a enxergar as oportunidades", diz Julio. "Minha função ganhou importância porque houve um aumento no meu leque de responsabilidades. "A situação vivida por Julio é uma realidade que, atualmente, um número cada vez maior de executivos enfrenta. Só no primeiro semestre deste ano ocorreram 170 operações de fusão e aquisição no país (38% a mais do que no mesmo período de 2004). De 1997 até o ano passado, foram realizadas 2 481 transações do gênero no Brasil. Se a economia não andar para trás, a estimativa da consultoria é de que haja outras 180 novas transações até dezembro.

O processo de fusão no qual Julio está envolvido tem sido relativamente tranqüilo. Até porque as marcas e produtos das duas corporações foram mantidos e, em vez de demitir, a Microsiga está contratando. Mas, em geral, os processos de fusão e aquisição são encarados como sinônimo de enxugamento, conflitos e choques culturais. Se você está no meio da tempestade ou prestes a entrar nela, saiba que não há um manual de sobrevivência que possa ser seguido à risca. Especialistas têm opiniões divergentes sobre a melhor estratégia de sobrevivência. VOCÊ S/A perguntou a dois deles o que contaria mais a favor do executivo, aos olhos do novo patrão, se seria o seu perfil ou o desempenho.

A aposta de Víctor Martínez,