Fundamentos do modelo Centro-Periferia

O Modelo centro periferia pode ser usado para explicar o comércio entre países. Nele ficam evidenciadas as desigualdades entre os países chamados desenvolvidos (Centro) e os em desenvolvimento ou subdesenvolvidos (Periferia). Países que fazem parte do centro são produtores de bens industrializados e historicamente responsáveis pelo desenvolvimento tecnológico, enquanto aos países da Periferia cabe o fornecimento de matérias-primas devido a sua dotação de recursos naturais. A produção da periferia é atrasada do ponto de vista tecnológico e organizacional.
A divisão entre Centro e Periferia é um resultado histórico da maneira como foi propagado o progresso tecnológico na economia mundial. Estruturas produtivas diferentes surgiram nos países do Centro em relação aos da Periferia, determinando, assim, suas diferentes funções no sistema econômico mundial.
Os Centros foram os locais onde houve primeiramente a penetração das técnicas capitalistas de produção. Desta forma, o Centro é industrializado, detentor de mão-de-obra qualificada e produtor e exportador de produtos manufaturados.
Na Periferia, mesmo o aumento e a diferenciação da demanda por bens e serviços são atendidos por importações, dificultando o desenvolvimento de outros setores que não o primário. Desta forma, a Periferia é especializada em commodities e seus países são primário-exportadores.
Fundamentalmente, o Centro tem uma produção diversificada e uma estrutura produtiva homogênea devido ao uso da tecnologia mais avançada. O progresso técnico se difundiu em todos os setores, permitindo o aumento da produtividade de forma simultânea. Diferentemente da periferia que detém uma produção concentrada em um pequeno número de produtos primários e uma estrutura produtiva heterogênea, já que nos seus diferentes setores convivem tipos de produção dos mais modernos e atividades em que se utilizam tecnologias antigas e ultrapassadas. Essa própria heterogeneidade da Periferia provoca a entrada irregular do