Fundamentalismo

.1. O FUNDAMENTALISMO

O Fundamentalismo não é considerado uma doutrina, mas sim uma forma de interpretá-la. Seria assumir por completo as doutrinas e normas de sua crença sem nenhum tipo de atualização ou outro tipo de interpretação buscando manter a verdade essencial do credo.
Para uns o fundamentalismo é uma elaboração malsucedida do estresse das civilizações (...). Para outros é uma reação legítima, no mínimo compreensível aos efeitos colonizadores (...). (BONI, 1995, “p.14-15”).
Segundo Boni (1995, "p.13”) “Os sintomas fundamentalistas são interpretados como reações aos processos de modernização cultural, que afetam particularmente as religiões.” Ou seja, todas as religiões são fundamentalistas, ou tendem a possuir e desenvolver esse caráter.
O fundamentalismo é muito usado como uma forma de se escapar de punições, ou seja, faz-se o uso da religião como base para se estruturar a sua vida social, econômica e política, e em muitas vezes é uma resposta ao fato do estado não dar importância a este tema.
Este fundamentalismo exacerbado pode induzir o ser humano a reações assustadoras quanto a sua orientação religiosa. Como exemplos podemos citar: A disputa secular entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte que mostra um dos raros casos em que o catolicismo é a religião central do povo oprimido, apesar de ser a maior religião do mundo. Em 2000, os conflitos entre os 80% de hindus e os 14% de muçulmanos indianos começam a atingir a minoria cristã, que constitui apenas 2% da população daquele país. No extremo sul, outro conflito assola o Sri Lanka - os protagonistas são os separatistas tâmeis (hinduístas) e os cingaleses (budistas), e também podemos falar sobre os conflitos entre cristãos e muçulmanos na Jordânia.
1.2. FUNDAMENTALISMO NO JUDAÍSMO

Sobre aos fundamentalistas no judaísmo moderno, Dubiel destaca as distintas correntes observadas por Idalovichi: a primeira; uma ortodoxia extremada, a segunda; fundamentalismo místico, a terceira; uma