Funcionalismo

O Funcionalismo em Lingüística

"A forma está subordinada à função” Mathesius

A gramática funcional integra a teoria de que a linguagem é um instrumento de comunicação e interação social. Segundo os funcionalistas no estudo de uma língua, o mais apropriado seria se basear no seu real da língua e não fragmentá-la como objeto de pesquisa. Essa visão é encontrada desde o início do século na Escola Lingüística de Praga, que, para Dirven e Fried (1987, p. X), foi ‘’sociolingüística avant lettre’’. Uma das principais diferenças entre as outras correntes é a rejeição da existência da dicotomia de chomskiana competência x atuação. A competência é individual, adquirida desde a infância. Já a atuação é a esta manifestação desta habilidade. Segundo os estudiosos da Escola de Praga, a língua é um ‘’sistema de meios apropriados a um fim’’ ou um ‘’sistema de sistemas’’. Esse sistema é representado pela frase, que agora pode ser analisada não só em níveis sintáticos, morfológicos e fonológicos, mas finalmente no nível comunicativo.
A frase em si é uma unidade que carrega informação pragmática do falante ao destinatário. Isto só é possível porque o primeiro possui uma intenção: a mensagem que pretende passar. Do outro lado, o destinatário recebe esta informação, pois ele tem noção da intenção do falante. Logo, este faz a sua interpretação. A comunicação só acontece, pois ambos possuem mecanismos lingüísticos suficientes para estabelecer esta relação entre intenção e interpretação. Muitas vezes esta interação acontece de forma parcial, de forma indireta ou não verbal.
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Outro aspecto importante, segundo a análise de Mackenzie (1992), a ordem das palavras na língua. A organização pode ser no sentido verbo antes do objeto, ou objeto antes do verbo. No caso da língua latina, o objeto vem antes. Esse fator está relacionado à importância que o falante dá ao que é falado, evidenciando, mais uma vez, a gramática como