FREIRE
A devida instituição de uma educação contextualizada no semiárido tem como necessidade a descontinuidade do imaginário estabelecido sobre uma região que é “preservada [...] como o lugar da periferia, da margem [...] que transforma seus habitantes em marginais da cultural nacional”, como cita Albuquerque Jr. (1999) referindo-se a formação da região Nordeste. Tal paradigma resulta de um processo de alienação mental, resultado de uma educação descontextualizada, que impõe valores, gestos, cores, modas totalmente distantes da realidade de tal espaço (SILVA, 2010).
Partindo dessa premissa, a educação contextualizada, utilizando a fotografia como ferramenta de reflexão identitária se desenvolve na perspectiva de dar a oportunidade aos participantes que analisem/reconheçam seu espaço através do olhar fotográfico, usando esse meio para a construção de um debate sobre si mesmo e sua relação com o meio no qual está inserido. Com uma proposta de intervenção social, baseada em análises e discussões sobre as fotografias produzidas pelos participantes, deveremos estabelecer uma reflexão identitária dos jovens envolvidos no projeto/pesquisa, a partir de parâmetros de relações sociais e das formas de compreensão de si, dos grupos no qual estão envolvidos e das relações estabelecidas com o espaço semiárido.