formação do espaço agrario brasileiro
Em seu estado da natureza o homem viveu sem organização de relações entre si ou com instituições; com a evolução o homem passou ao estado da sociedade civil, com o estabelecimento de regras de convivência e instituições. A questão da posse e propriedade da terra insere-se nestes estágios evolutivos, sendo que após o período do nomadismo, ela (a terra) passou a ser fator de disputa na fixação em determinada região, e importante para a sobrevivência de civilizações. O Brasil apresenta uma distribuição desigual do recurso terra, fato evidenciado em pesquisas realizadas sobre o tema. Tal questão não é recente, e resulta do processo de colonização e ocupação do território. Antes da invasão sofrida por nosso território, em 1500 d.C., por bárbaros* vindos do continente europeu, nossa economia era desenvolvida pelos índios que, em geral, apresentavam um sistema exemplar bem anterior às idéias de Marx: a terra como propriedade coletiva, onde todos trabalhavam, colhiam e dividiam.
Após a violenta invasão, quer seja em termo físico ou psicológico, a formação de novos tipos de povoamento e a imposição do sistema escravagista, iniciou um período dramático na nossa economia.
O nosso solo foi explorado, principalmente para o cultivo da cana-de-açúcar, e os invasores a comercializavam na Europa, onde possuía um grande valor. Nosso território chegou a ser divido em “Capitanias Hereditárias”, em que “donatários” recebiam a posse de terras e, através do sistema de “sesmarias” colonos trabalhavam nelas. Aí já é possível notar uma absurda e desigual distribuição, que posteriormente iria gerar os latifúndios.
Na base da “economia colonial”, o engenho de açúcar, e o modo “plantation” de “desenvolvimento”: fazendeiros com grandes propriedades de terra, monocultura voltada para exportação e mão-de-obra forçada africana.
Mais adiante o sistema de sesmarias vai ser substituído pela “Lei de Terras”, em que a terra deveria ser comprada para ser