Formação de educadores para jovens e adultos: uma questão histórica.

701 palavras 3 páginas
Formação de educadores para Jovens e Adultos: uma questão histórica. Elias Gonçalves Lobato[1]

A Educação para Jovens e Adultos apresenta-se como uma necessidade no Brasil desde o descobrimento, quando o colonizador precisa “educar” o índio para tê-lo sob seu domínio. Porém percebemos que já nesse momento, não houve preocupação na formação de educadores, isso fica claro com incorporação de religiosos no processo “educacional” que se preocupavam mais com a catequização do que em formar novos cidadãos para uma nova realidade que lhes era imposta. Mudanças aconteceram ao longo da história, religiosos foram expulsos, a “independência” foi proclamada, etc., mas a Educação para Jovens e Adultos é cada vez mais deixada à margem, e até mesmo a educação básica para crianças e adolescente é quase que esquecida. O fruto desse esquecimento e/ou abandono é colhido em um elevado índice de analfabetos em um país que até a década de 1920 figurava como de população rural. Os poucos alfabetizados eram na maioria das vezes filhos de quem sabia ler e escrever ou contavam com a boa vontade de pessoas conhecidas. Na década de 1930 com a industrialização do país, a falência dos fazendeiros de café que provocou o êxodo rural, o Governo entende ser impossível desenvolver a indústria em um país de analfabetos, é nesse momento que por imposição da necessidade de mão de obra mais qualificada se inicia um processo de investimentos na área de Educação para Jovens e Adultos. Nesse momento da história da educação, outra vez se comete o erro já cometido na época do descobrimento, porque não se investiu na educação de cidadãos para uma nova realidade e sim em novos trabalhadores que tinham de estar ao dispor do mercado de trabalho em curto prazo. A formação de educadores é outra vez deixada de lado e valorizada a presença do professor tecnicista em sala de aula. Na segunda metade da década de 1950, os políticos de oposição viram na Educação para Jovens

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