Fogo Morto

585 palavras 3 páginas
O regionalismo de 30

Publicado em 1943, Fogo Morto é uma prosa de ficção dos anos 30 com aprofundamento nos problemas brasileiros por meio de uma literatura regionalista preocupada em apresentar os problemas e as desigualdades sociais do Brasil. Aqui prevalece o uso da narrativa direta, linguagem coloquial, popular, ocasionalmente desrespeitando a norma culta da língua portuguesa. A obra é marcada pela oralidade e pela naturalidade, a objetividade e pelo caráter sentimental e espontâneo. O romance se passa no município de Pilar, na Zona da Mata paraibana, às margens do Rio Paraíba. A grande parte da ação se dá nas terras do engenho Santa Fé, nos arredores do Pilar. O desenrolar dos acontecimentos se dá durante os primeiros anos do século XX, com uma regressão temporal à época da fundação do engenho Santa Fé, em 1850. Os "engenhos" do Nordeste eram, originalmente, estabelecimentos agrícolas destinados à cultura da cana e à fabricação do açúcar. Com a ascensão das usinas, que passaram a comprar dos engenhos sua produção bruta, a cana de açúcar ainda não processada, para fabricar o açúcar, a maior parte desses engenhos foi, aos poucos, deixando de "botar", moer a cana para a fabricação do açúcar. Passam, então, apenas a vender a matéria prima às usinas, tornando-se engenhos "de fogo morto". Perdem, assim, boa parte de seu poder, tornando-se reféns dos preços pagos pelas usinas. É como se encontra, ao final de Fogo Morto, o decadente engenho Santa Fé. Fogo Morto é dividido em três partes. Cada uma delas traz no título o nome de um dos três personagens principais do romance. Mas as três partes se entrecruzam, os personagens aparecem ao longo de todo o livro. O coronel Lula de Holanda, senhor de engenho inepto e decadente, o mestre José Amaro, seleiro pobre e orgulhoso, e Vitorino Carneiro da Cunha, o papa-rabo, herói quixotesco, defensor estabanado dos oprimidos. É Vitorino, misto de Dom Quixote e Sancho Pança, em suas

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