financiamentos de investimentos

Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
Faculdade de Ciências Econômicas – FCE
Departamento de Ciências Econômicas
Disciplina de Economia Monetária I – ECO02002
2008 - Textos Selecionados, Resumidos e Adaptados
7 O Financiamento de Investimentos
7.1 As Instituições de Financiamento a Investimentos
7.2 As Fontes de Financiamento de Investimentos
7.3 O BNDES
7 O Financiamento de Investimentos
O Brasil experimentou, ao longo das décadas de 50, 60 e 70 do século XX, um período de intenso desenvolvimento econômico, ao abrigo do denominado modelo substitutivo de importações, centrado na prioridade à industrialização e com o estado exercendo, mediante planejamento, o papel de agente fomentador e protetor da economia privada nacional e, inclusive, o de empresário inovador. A face de planejamento do modelo se explicitava mediante planos, políticas, metas, incentivos, fontes de poupança e instituições públicas de financiamento ao desenvolvimento.
O modelo substitutivo de importações, no âmbito teórico, inspirou-se no pensamento da CEPAL – Comissão Econômica para a América Latina, criado na ONU, em 1948, que defendeu a extensão para o longo prazo da intervenção do estado na economia, tendo em vista garantir, de forma planejada, investimentos necessários à industrialização, visando o desenvolvimento dos países subdesenvolvidos.
No âmbito desse modelo e do seu contexto histórico e teórico, o financiamento público do desenvolvimento foi exercido, no Brasil, por um sistema de instituições financeiras estatais nacionais, regionais e estaduais, organizadas sob a forma de bancos de desenvolvimento, que, apoiadas em fontes de poupanças principalmente compulsórias, desempenharam a missão de promover e garantir o fluxo de financiamento de longo prazo necessário para a acumulação de capital na economia brasileira.
Por sua vez, o financiamento privado, exercido por bancos comerciais, nacionais e estrangeiros, e por bancos de investimentos,