Financeiração do capital

9.5 A financeirização do capital
O capitalismo contemporâneo ampliou ainda mais os fluxos econômicos que agora apresentam particularidades que não decorrem apenas de sua grande expansão.
As interações comerciais intensificadas especialmente entre os próprios países centrais. Os três países que lideram o campo imperialista, constituintes da chama Tríade (Estados Unidos, União Europeia e Japão), realizam entre si o grosso das transações comerciais. Os blocos supranacionais é um outro elemento diferencial das relações econômicas internacionais e nesses blocos há articulações de distinta natureza, desde as mais abrangentes às mais limitadas.
A financeirização do capital é a mais importante das transformações que vem passando a economia do imperialismo ainda em desenvolvimento e deve-se a transações financeiras que tornaram-se dominantemente especulativas. Os recursos informacionais que garantem a comunicação instantânea favoreceram a gigantesca concentração do sistema bancário e financeiro que ao final do século XX tinham menos de 300 bancos globais controlando as finanças internacionais. Porém a razão essencial da financeirização foi o resultado da superacumulação e queda das taxas de lucro dos investimentos industriais registrada entre os anos setenta e medos dos oitenta.
À medida que o capitalismo se desenvolveu um segmento de capitalistas passaram a viver unicamente do capital que conversavam sob forma monetária, eles são conhecidos como capitalistas rentistas ou seja aqueles que não se responsabilizam por investimentos produtivose com isso houve um fabuloso crescimento dessa massa de capital dinheiro que não é investida produtivamente.
Devido a isso há um crescimento do capital fictício que pode ser entendido como “as ações, as obrigações e os outros títulos de valor que não possuem valor em si mesmos. Representam apenas um título de propriedade, que da direito a um rendimento” (Koslov, dir., 1, 1981: 217) e isso pode acabar gerando uma crise como foi o