Filosofia
2. Doutor em Educação. Professor do Departamento de Administração e Supervisão e do Programa de Pós-Graduação em Educação da FFC – Unesp/Marília.
filosofia da educação
Pedro Angelo Pagni1
Resumo: O texto pretende apresentar algumas ideias do pensamento platônico, extraindo delas elementos que vivificam e abrem novos horizontes para nossas ações e reflexões pedagógicas. Palavras-chave: Filosofia. Paideia. Política. Justiça
introdução
Platão nasceu em Atenas em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. Recebeu uma educação clássica, como todos jovens atenienses, sendo preparado para atuar nos jogos e para a guerra. Aprendeu também música e literatura, além de frequentar os sofistas para adquirir as habilidades da retórica, necessárias à participação da vida política na cidade, como era comum aos filhos dos cidadãos livres. Aos 20 anos, começou a fazer parte do círculo de Sócrates, em Siracusa. Com essa mesma idade, conheceu também alguns jovens pitagóricos, estabeleceu com eles laços de amizade, ocasião em que, provavelmente, tomou contato com o pensamento de Parmênides. Ao se tornar discípulo de Sócrates, Platão começa a questionar a formação aristocrática que recebeu e os modos de vida aos quais se encontrava submetido. Com essa atitude, ele problematiza os princípios em que se assentava a política de seu tempo, tornando-se crítico da mesma. Sócrates marcou tão profundamente a vida e a educação de seu discípulo Platão a ponto de se tornar personagem central de boa parte de suas obras. Nos relatos sobre o pensamento e situações da vida de Sócrates, não se sabe quais são as ideias produzidas pelo mestre e quais são as suas ideias, que denotam a produção de um sistema filosófico original. Isso significa que, nessa interpretação, o pensamento socrático se confunde com a própria obra de Platão, já que esta apresenta Sócrates ora como um mestre, cujas lições são relatadas, ora como a