filosofia do direito

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A filosofia do direito pode ter, e efetivamente tem, um papel crucial na interação com as demais ciências jurídicas (direito civil, direito comercial, direito penal, direito constitucional, entre outras), sobretudo na avaliação daquelas que são as suas práticas epistemológicas, bem como uma determinante função social a cumprir, ante as expectativas que se depositam na formação de todo critério que define o que seja a justiça a ser praticada em um momento histórico determinado. A filosofia do direito, nesse sentido, cumpre um papel de pensar aquilo que, em suas preocupações imediatistas, as ciências especializadas do direito não têm como prioridade conhecer, e, exatamente por isso, na dilatada compreensão de um horizonte amplo de análise, é capaz de exercer uma função de orientação, análise e crítica, contribuindo para o próprio direcionamento do conhecimento produzido pela ciência do direito. Não deve ela estar vigilante da interação entre o fazer do direito e o pensar o direito? Não cumpre a ela proceder à avaliação daquilo que se pensa sobre o direito para que seja transformado em prática social? Portanto, não cumpre a ela a tarefa de, criticamente, avaliar os processos de transformação de idéias em leis, de conceitos científicos em fundamentos de decisões jurisprudenciais, de valores majoritários em paradigmas de ação social?
A filosofia do direito não pode se furtar à sua alta missão de, assumindo a sua posição de scientia scientiarum, estando desconectada das pretensões de apelo aos modelos normativos vigentes em uma sociedade (não se quer dogmaticamente reproduzir ou interpretar normas, mas verificar como estão sendo concebidas e porque não estão sendo aplicadas), apego este próprio das ciências específicas do direito, pensar os problemas inerentes ao modus operandi de um sistema jurídico. Isso justifica sua importância e sua interação com a prática do direito.
Afinal, a partir dessas premissas, é possível dizer que as pesquisas de uma filosofia social do

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