filme - Obrigado por fumar

Cena do filme - Obrigado por Fumar

O presente trabalho objetiva analisar a divergência personalidade/trajeto encontrado na figura de Nick Naylor, que é um dos elementos que contribuem para a construção de um discurso infame a respeito da indústria de fumo. Dessa forma o filme “Obrigado por fumar” mostra os elementos discursivos, um cenário que torna a vida cotidiana um tanto desafiador.
Sendo assim, sempre após Nick defender o cigarro em seus debates públicos, no filme, uma voz em off, como que representando sua consciência, desmente a real intenção de suas argumentações em debates. Como essa passagem:
Muitos imaginam os tabaqueiros viajando em jatos privados, comendo Foie Gras contando dinheiro. Eu, não. Eu gosto de viajar com as pessoas, conhecer clientes. Meu pessoal fica nos assentos, como garotos. Tomam calmantes... e ao chegar a terra fumam como desesperados. Se conseguir convencer um garoto que comece a fumar, já paguei meu voo. (OBRIGADO POR FUMAR, 2006).
É essa fala que em off, revela o caráter sofista de suas afirmações. Entretanto ao final do filme, Nick para dar exemplo ao seu filho admite a maleficência dos cigarros, e encerra sua atividade pública responsabilizando os pais e professores como verdadeiros responsáveis pela educação e conscientização dos jovens e crianças a respeito do tabagismo. Logo, que tudo que fazemos na vida são escolhas, como o habito de fumar.
O filme a princípio nos deixa intrigados com o título “obrigado por fumar”, pois nos remete uma contraversão aos não fumantes, nos deixando a ideia de que “fumar é bom”, mas logo que começa o desenvolvimento, podemos ter outra representação disso, ou seja, o oposto dizendo: “obrigado por se autodestruir e financiar o todo dessa indústria”.
Embora que a percepção que tivemos a respeito de Nick, era de que ele escondia seu fanatismo sob máscara da responsabilidade férrea. Em sua preocupação com a falência da empresa ou declínio de sua autoimagem, inventa uma radical abordagem