FICHAMENTO: SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologia, Porto Alegre, ano 8, n. 16, jul/dez 2006, p. 20-45.

FICHAMENTO: SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologia, Porto Alegre, ano 8, n. 16, jul/dez 2006, p. 20-45.

Neste artigo a autora aborda com base na literatura clássica e recente, os conceitos e modelos principais de análise de políticas públicas. Procurando minimizar a escassez de textos traduzidos para a língua portuguesa sobre políticas públicas. A área das políticas públicas contou com 4 principais fundadores: . H. Laswell(1936), introduz a policy analysis como forma de conciliar a academia, a produção empírica governamental, os grupos de interesse e o governo. 2. H. Simon (1957), que teoriza a racionalidade limitada dos policy makers – a racionalidade dos decisores é limitada por fatores como falta e informações completas, interesses, tempo e etc. – embora, segundo ele, a racionalidade possa ser maximizada pela criação de estruturas que moldem o comportamento dos atores. 3. C. Lindblom (1959;1979) propôs a incorporação de outros elementos à análise além da racionalidade dos dois teóricos anteriores, tais como as relações de poder e as diferentes fases do processo decisório. 4. D. Easton (1965) define a política pública como um sistema, uma relação entre formulação, resultados e o ambiente. Não há,hoje,definição clara do que viria ser política pública.
A autora apresenta as definições de Mead (1995), Lyn (1980), Peters (1984), Dye (1984) e Laswell. Celina defende que do ponto de vista teórico-conceitual, a política pública em geral e a política social em particular são campos multidisciplinares, e seu foco está nas explicações sobre a natureza das políticas públicas e seus processos. Na construção da definição de políticas públicas, sociedades e Estados complexos, como os constituídos no mundo moderno, estão mais perto da perspectiva teórica daqueles que defendem que existe uma “autonomia relativa do Estado”, o que faz com que o mesmo tenha um espaço próprio de atuação, embora, permeável a influências externas e