Fichamento Manifesto Comunista

O livro tem por início o esclarecimento do sentimento que o comunismo provocava no mundo no século XIX, um século que é marcado por extremos, pautados entre os reflexos da Revolução Francesa, as Revoluções Liberais de 1830 e 1848, as unificações nacionais tardias, o Congresso de Berlim e por fim todo o prenúncio da Primeira Grande Guerra. O comunismo se permeava como ideia, mas ainda estava para ser entendido como ciência, justamente a proposta por Marx e Engels. O Manifesto Comunista tem como conceito a explicação do comunismo como prática e também o esclarecimento da falência do capitalismo devido os seus próprios meios. “Ja é tempo de os comunistas exporem abertamente sua visão de mundo, seus objetivos e suas tendências, contrapondo assim um manifesto do próprio partido à lenda do espectro do comunismo” [página 8, 1a edição 2008, Editora Expressão Popular].

I - Burgueses e proletários Burgueses são donos dos meios de produção e proletários, não. Juntos formam a base do sistema capitalista, gerando uma roda viciosa, tendo como roda algo que se movimenta: os burgueses podem ser de grande porte ou pequeno porte, e a classe proletária é sempre integrada mais e mais devido a expansão do modo capitalista de produção. Esta última gera o lucro que permite o sucesso do domínio de classes. A burguesia surgiu de uma evolução histórica, e assim também o proletariado, portanto. Surgiram ambas da transformação - no sentido de concentrar parar simplificar - dos inúmeros pares sociais “homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, membro das corporações e aprendiz, em suma, opressores e oprimidos” [página 8, 1a edição de 2008, Editora Expressão Popular]. A expansão da relação burguesia-proletariado, do capitalismo, portanto, exige a emigração das forças produtivas para a busca de novos mercados, que ao se multiplicarem, aumentaram as demandas, tanto de produção como de matéria-prima - que formam um ciclo tão antagônico e tão complementar quanto o próprio