Fichamento dos capítulos 3, 4, 5, 6 e conclusão de “As regras do método sociológico”, de Émile Durkheim

Fichamento dos capítulos 3, 4, 5, 6 e conclusão de “As regras do método sociológico”, de Émile Durkheim.

Capítulo 3 – Regras Relativas à distinção entre normal e o patológico
Durkheim inicia o terceiro capítulo se referindo à existência de dois tipos de fatos sociais, os normais e os patológicos.
“Conduzida segundo as regras precedentes, a observação confunde duas ordens de fatos muito dessemelhantes em alguns de seus aspectos: os que são como deviam ser, e os que deviam ser diferentes do que são, isto é, os fenômenos normais e os fenômenos patológicos.” Pag. 41
Ele também define a ciência, e determina que ela apenas diz o que os fatos são, não os julga, não tendo uma finalidade prática, não podendo a ciência dizer a finalidade a ser buscada em um fato social.
“Se, portanto encontrarmos um critério objetivo para distinguir cientificamente a saúde da doença nas diferentes ordens de fenômenos sociais, a ciência estará em condições de esclarecer a prática permanecendo fiel ao seu próprio método.”
Para Durkheim a saúde é definida como o estado de um organismo em que as possibilidades de sobrevivência são máximas, e doença como tudo que as faz diminuir. “Se admitirmos como saúde o estado de um organismo em que as possibilidades de sobrevivência atingem o máximo, e como doença, pelo contrário, tudo o que tem por efeito diminuir tais possibilidades, poder-se-ia dizer que o critério de distinção entre ambas seria a maneira pela qual uma e outra afetam aquelas.” Pag. 44
Em um organismo, cada órgão possui uma função para a manutenção do equilíbrio vital. A doença nem sempre nos deixa desabilitados, mas nos obriga a nos adaptar frente a certas necessidades. Nenhuma espécie pode ser concebida como irremediavelmente doente.
“A doença não nos deixa sempre desamparados, num estado de desadaptação irremediável; ela apenas nos constrange a uma outra adaptação, diferente da exigida da maioria de nossos semelhantes.” Pag. 45
Voltando a tese sobre normal e patológico:
“Chamaremos