Fichamento do texto Frederico Lustosa

DA COSTA, Frederico Lustosa. Brasil, Século XXI: Sociedade e Políticas
Sociais. Rio de Janeiro: brasiliense, 2009.

Os grandes intérpretes brasileiros têm acentuado que as raízes de nosso atraso – nosso subdesenvolvimento - estão plantadas na formação histórica, que estes, acabam condicionando o sistema político, o Estado e as relações com a sociedade e a economia. Essas peculiaridades constituem o modo de ser, de proceder, ou pensar que caracterizam nossas instituições, relações sociais e representações do social e político do mundo. O patrimonialismo, abuso de autoridade e personalismo são algumas características que descrevem a realidade brasileira. Ainda que estes conceitos não constituem elaborações nascidas de fatos e atos verificáveis, há uma existência estabelecida no mundo das representações, produzindo impactos sobre as práticas sociais e as instituições que as regulam. A permanência dessas concepções não quer dizer que a realidade nascida seja imutável. O Brasil tem sofrido profundas transformações, sobretudo nos últimos 75 anos. O país incorporou suas instituições e práticas sociais, sobretudo do Estado e do mercado, elementos da racionalidade prevalente nas economias centrais. O Brasil modernizou-se. Apesar de que essa modernização não exclui a permanência de formas particulares de acomodação de valores e instituições. Esses fatores estruturais brasileiros necessitam de uma transformação, uma Reforma de Estado. O Patrimonialismo é uma das principais heranças da administração colonial, vem de uma das raízes portuguesas na nossa formação política. Esse conceito aparece, também, no contexto weberiano, podendo ser do tipo de dominação patrimonial ou feudal. E o feudalismo possui elementos típicos de relações patrimoniais e extrapatrimoniais. No patrimonialismo weberiano tem como variação que incluem a propriedade de terra como fonte de poder, a tradição com fonte de legitimidade e o quadro administrativo de servidores como