Fichamento CHAVES EDUARDO 2007

CHAVES, Eduardo O. C. O liberalismo na política, economia e sociedade e suas implicações para a educação: uma defesa. In: LOMBARDI, José C.; SANFELICE, José L. (Orgs.). Liberalismo e educação em debate. Campinas, SP: Autores Associados, 2007. p. 1-60.
TEMA: Liberalismo clássico e Educação.
PROBLEMA: Difunde-se, na sociedade, a fragmentação da perspectiva liberal clássica e a coloca com parte do que se tem hoje como neoliberalismo. Logo, a educação liberal é pouco utilizada e muito combatida na escola, em virtude das distorções dos pressupostos liberais.
TESE: É por meio do desenvolvimento do liberalismo clássico, tido como tendência mais sensata da filosofia política por garantir a ampla liberdade formal e a redução da intervenção do Estado (função judicial, policial e militar) na sociedade, que a educação pode ser trabalhada dentro da liberdade de escolha.
ARGUMENTOS: Na universidade não se aborda a essência do liberalismo, mas sim um liberalismo sob a ótica marxista, por isso não favorece a difusão da educação liberal (3). Existe uma confusão nas teses liberais e nas sociais-democraticas, estas tratadas, de forma equivocada, como liberalismo (6). Na sociedade o bem mais precioso que os indivíduos possuem é a liberdade, e esta é garantida quando se legitima o espaço privado (7-8). O princípio do liberalismo é a liberdade (política, econômica e social) e não apenas propriedade privada (liberdade econômica) (9). O liberalismo clássico não admite qualquer intervenção do Estado na econômica, na regulação e na fiscalização (9). Na área social, o liberalismo defende que deve ser livre à iniciativa privada e restrita a essa iniciativa, logo não cabe ao Estado planejar, operar, regular ou fiscalizar atividades de prestação de serviços, dentre eles a educação, ao Estado cabe o papel de garantidor desse tipo de liberdade (10). A liberdade é entendida como a possibilidade que cada indivíduo tem de realizar o que quiser, sem ser coagido por outrem, mas isso não implica na