Fichamento alessandra

Fichamento
Bibliografia:
MONTAÑO, Carlos. Terceiro setor e questão social; crítica ao padrão emergente de intervenção social. São Paulo: Cortez 2002
“ Até agora, nossa preocupação esteve centrada em demonstrar o grau de funcionalidade ideológica da abordagem do chamado “ terceiro setor” com o processo de transformação política, econômica e cultural do capital, particularmente em países periféricos como o Brasil. Mostramos assim, após um estudo da crise do capital e do projeto neoliberal de enfrentamento, os fundamentos contidos nas análises preponderantes do tema, as características e promessas presentes nessa bibliografia, o fenômeno real contido/ escondido neste conceito ideologizado, tratando finalmente da instrumentalidade e funcionalidade desta abordagem com o processo de transformação capitalista, particularmente no que refere a uma nova modalidade de trato à “questão social” “(p.259)
1.Sociedade civil e vida cotidiana
“ Sociedade civil e vida cotidiana não são, sem dúvida, a mesma coisa; a segunda perpassa a primeira, mas extrapola essa esfera. O cotidiano não é expressão exclusiva da sociedade civil. Há cotidianidade no âmbito do Estado, no mercado, nas instâncias da produção e demais, porém em cada uma dessas esferas há um tipo diferente de vida cotidiana. O projeto neoliberal quer uma sociedade civil dócil, sem confronto, cuja cotidianidade, alienada, reificada, seja a da “preocupação” e “ ocupação” ( não a do trabalho e lutas sociais) em atividades não criadoras nem transformadoras, mas voltadas para as (auto-) respostas imediatas às necessidades localizadas.” (p.260)
“ Tão equivocado é identificar sumariamente o cotidiano como mero espaço de dominação, de alienação, como também o é conceituá-lo diretamente como âmbito imaculado da emancipação, da desalienação. A esfera da cotidianidade é, substancialmente, e por sua natureza, uma permanente arena de disputa, de lutas individuais e sociais, pontuais ou gerais, setoriais ou classistas, emergenciais e