Fernando de Azevedo
Fernando de Azevedo observou que a democratização da educação era um meio eficaz de conseguir em dois níveis transformações na educação, esses níveis seria uma interna, no próprio sistema educacional, que tinha o objetivo de valorizar a ligação da escola com o meio social e a outra com o sistema econômico, onde está à base do planejamento social.
Ao pensar na possibilidade da educação como fator de transformação, suas ideias levam as questões importantes, ou seja, questões dos vínculos entre educação e sociedade, a semelhança entre o velho humanismo e a pedagogia clássica. Abandonou o preconceito do humanismo clássico, transformado pelo neo-humanismo, pretendia preparar o homem a dar uma contribuição social eficaz e transformadora da sociedade.
As ideias dele sobre educação estavam ligadas as preocupações de ordem ética e política que sempre norteavam seu pensamento. Ele queria incluir a transformação da educação brasileira que traria reflexos positivos sobre a estrutura da sociedade brasileira como um todo. Procurava equacionar a oposição do indivíduo e sociedade na formação da personalidade humana e com contribuição dos estudos de Immanuel Kant.
Para uma reconstrução da sociedade por meio da educação foi elaborado por Fernando de Azevedo o projeto Azevediano que tinha como contexto duas ideias principais: a necessidade de uma mudança nas mentalidades e a constatação de o problema da educação é de ordem filosófica e política. Ocorre a transformação das mentalidades e estaria vinculada ao ideal de um novo humanismo e à possibilidade de se fazer da escola um elemento ativo e dinâmico da sociedade, e também deveria abandonar uma concepção social vencida da escola sem sentido produtora e reprodutora dos status.
O que o autor pretende, é nada menos que uma “Revolução Educacional” com participação do povo, até então, excluído do processo educativo.
Educação e Política
A contribuição original de