feminismo

INTERSECCIONALIDADES, CATEGORIAS DE ARTICULAÇÃO E EXPERIÊNCIAS DE MIGRANTES BRASILEIRAS.

No centro do debate no pensamento feminista estão dois conceitos que pretendem expressar as muitas variedades de diferenças envolvidas em relação ao desenvolvimento da abordagem inicial na década de 70 e que se desenvolveu nas décadas seguintes, com base no conceito gênero, alcançando uma visão mais generalizada e diferenciada, surgindo então a partir da década de 90 as categorias de articulação e interseccionalidades que visam analisar e aplicar as devidas interações sobre os sujeitos.
As análises críticas de diversas autoras a partir de meados da década de 70 e durante os anos 80, formou a base do presente, onde se questionou e discutiu a visão que até então era central em relação ao conceito gênero, que foi ampliada levando em conta as diferenças e não apenas o caráter biológico natural e/ou sexual, mas a distinção entre sexo e gênero, a fim de se contrapor ao conceito de Patriarcado, que mesmo sendo entendido como forma e sistema de dominação masculino, podem ser abordado de formas diferentes, através de feministas radicais e socialistas, onde as primeiras mostram a realidade separada das dos homens ao longo do tempo enquanto que as socialistas falam da dimensão histórica alternada pelo tempo e ligada aos meios de produção. Desta maneira aparecem questionamentos de outro fator relevante sobre a questão diferenças: o poder, e mais que isso, se este assume um caráter fixo ou alterável. Percebemos com isso o desenvolvimento daquilo que era o centro: gênero, passando para diferenças no próprio conceito e em conceitos paralelos (sexo, raça, cultura, etc.) e por fim a relação com o poder, como ela acontece e se pode ser mudada. Mesmo assim, autoras ainda que abordem o caráter geral, fixam-se seus pensamentos em uma ou outra diferença, mas o que se estabelece é que o problema que enfrenta a mulher deve ser entendido de maneira ampla e não apenas em diferença sexual.