FEBRE AFTOSA

1 INTRODUÇÃO
A febre aftosa é uma doença vesicular infectocontagiosa de origem viral, e pode ser transmitida de forma direta, através do contato com animais infectados, ou indireta, através do ambiente ou de vetores. A principal via de infecção é a respiratória mais especificamente a mucosa do trato respiratório superior. A partir daí o patógeno alcança a corrente sanguínea através dos alvéolos pulmonares, e atinge a área alvo, a camada germinativa do tecido epitelial (CORREA et al., 2001).
A febre aftosa atinge animais fissípedes e biungulados, estando incluídos bovinos, suínos, caprinos, ovinos e animais silvestres; sendo que a espécie bovina é a mais suscetível; é rara em humanos e em animais não fissípedes. Os principais sinais apresentados são: evolução aguda e febril, aparecimento de vesícula (principalmente na cavidade oral e nas patas), aftas primárias e secundárias e erosões no epitélio das mucosas, podendo atingir em alguns casos o miocárdio e o músculo esquelético, perda de apetite, aumento na secreção salivar e da ingestão de água, convulsões, acessos de fúria e claudicação. Apresenta distinta virulência dependendo do ambiente, podendo se adaptar a uma espécie e se tornar menos contagiosa a outras (BEER, 1988).
O vírus causador da febre aftosa é um vírus RNA de fita simples e polaridade positiva pertencente ao gênero aftovírus da família Picornaviridae. O vírus consiste de sete sorotipos denominados O, A, C, SAT1, SAT2, SAT3 e ASIA1. Sendo que existe uma considerável diversidade antigênica dentro de cada sorotipo, particularmente no tipo A. O sorotipo A foi identificado como o agente causador da maioria dos surtos de febre aftosa na Argentina, Uruguai e Sul do Brasil ocorridos em 2000 e 2001. Esta cepa tem sido incluída nas vacinas em diversos países na América do Sul (BOOTON, 2005).
O vírus causador da febre aftosa é sensível a altas temperaturas (acima de 50°) e pH abaixo de 6.0 e acima 9.0 sendo rapidamente destruído. Ele pode sobreviver por