Fascismo europeu

7349 palavras 30 páginas
António Costa Pinto*

Análise Social, vol.

XLI

(179), 2006,

De regresso ao fascismo

Michael Man, Fascists, Cambridge, Cambridge University Press, 2004, 429 páginas. Robert O. Paxton, The Anatomy of Fascism, Londres, Allen Lane, 2004, 321 páginas. Nancy Bermeo, Ordinary People in Extraordinary Times. The Citizenry and the Breakdown of Democracy, Princeton, Princeton University Press, 2003, 265 páginas. Didier Musiedlack, Mussolini, Paris, Presses de Sciences PO, 2005, 436 páginas. Paul H. Lewis, Latin Fascist Elites: The Mussolini, Franco and Salazar Regimes, Westport, Praeger Publishers, 2002, 209 páginas. O fascismo europeu continua a atrair um considerável número de obras, quer de investigação, quer de divulgação. Nos últimos anos, o estudo comparado do fascismo tem sido dominado por um maior acento nas dimensões ideológicas e culturais, por vezes mesmo com alguma centralidade na ideologia. Com alguma superficialidade, até poderíamos dizer que a análise do chamado «fascismo genérico» foi passando de uma perspectiva sociológica para uma progressiva mas saudável autonomia da política, dando à ideologia e à cultura um lugar bem mais importante do que estas tinham no passado. Por outro lado, este campo de estudo reduziu-se mais em termos disciplinares, com claro predomínio da história e um quase abandono do tema pela sociologia e pela ciência política1.
* Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. 1 Com algumas excepções, ligadas a estudos sobre crises e quedas de regimes democráticos, casos de Dirk Berg-Schlosser e Jeremy Mitchell (eds.), Conditions of Democracy in Europe, 1919-39: Systematic Case Studies, (Londres, Macmillan, 2000 e, dos mesmos autores (eds.), Authoritarianism and Democracy in Europe, 1919-39: Comparative Analyses, Londres, Palgrave, 2003, ou do próprio livro de Nancy Bermeo aqui recenseado.

1

António Costa Pinto Fascists, do destacado sociólogo Michael Mann, representa um saudável regresso à análise comparada do

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